domingo, 24 de julho de 2011

RALI TARGA / SERRA DA FREITA - 07/05/2011

Depois do bom resultado no Vidreiro e de ocuparmos a 7ª posição da geral no Open, com boas hipoteses de entrarmos no top five, decidimos fazer um esforço e ir a Arouca ver como corriam as coisas, e depois, daqui p'ra frente começariamos então a fazer as contas e a gerir as provas em função do nosso orçamento e compromissos com os parceiros (participação em 7 provas do campeonato 2011).

Os reconhecimentos correram bastante bem, e na impossibilidade de o Bernardo estar presente na 6ª feira devido ao trabalho, foi a Dora que ocupou o seu lugar e me ajudou a tirar as notas, tendo feito um excelente trabalho, pois quando o Bernardo chegou, ainda a tempo da última passagem, foi só mesmo confirmar, uma vez que em relação ás notas, não havia nada para corrigir. 5 estrelas!!!

No dia seguinte, a chuva apareceu com força logo pela manhã e não dava sinais de querer abrandar, mas já perto da hora da partida registam-se algumas abertas, e depois de alguns telefonemas para uns amigos que estavam no alto da serra, resolvemos arriscar e levar pneus para piso seco, aliás, o nosso grande quebra-cabeças uma vez mais, pois tanto as borrachas para seco como para chuva já tinham tido melhores dias, mas enfim, é preciso cumprir o orçamento e fazer o melhor possível com os meios que temos. Se estívessemos todos em casa a ver televisão era pior!!!

Quando chegamos ao inicio do 1º troço, o tempo mantinha-se estável e nada de chuva, o que para nós era bom visto que tínhamos montado pneus para seco, e embora a estrada ainda apresentasse secções húmidas, não havia sinal de que podesse voltar a chover.

Entrei com muita ansiedade para esta classificativa e possivelmente a atacar demasiado, pois notei que me excedi algumas vezes na abordagem ás curvas e em algumas travagens, dando para ouvir o Bernardo "desenha mais, desenha mais as curvas, não metas logo, tem calma...", e finalmente, com o desenrolar dos kilometros as "coisas" começaram a fluir melhor, e apesar de termos apanhado chuva no planalto da serra, a descida correu bastante bem, pois atacámos e andámos rápido, sem cometer erros até ao final. Resta saber agora o tempo!

4º tempo entre os concorrentes do Open, a meia duzia de segundos do vencedor. Valeu a pena termos atacado desta maneira, embora com alguns excessos, pois normalmente no primeiro troço é onde perdemos mais tempo, uma vez que apenas com o passar da prova me começo a sentir mais á vontade para atacar e ás vezes já passou algum tempo precioso. A começar desta forma, poderemos aspirar a terminar num lugar do pódio, pensámos.

Foi pois com a confiança em alta que rumámos até ao 2º troço, nesta que era uma prova que apenas contava com 4 pec's. 2 passagens pelo troço de Figueiredo e outras duas pelo de Felgueiras.

Iniciámos esta 2ª pec com tudo e sabiamos que nos estava a correr bastante bem, uma vez que estávamos a andar perto dos limites, mas sem excessos nem erros, quando sensivelmente a meio do troço, numa esquerda onde se travava forte e se cortava a berma, senti uma pancada forte e muita dificuldade em abordar a direita seguinte uma vez que o carro já não correspondia e foi por pouco que não saímos de estrada. Azar dos azares, pois cortámos por onde o tínhamos de fazer e por onde toda a gente o fez, mas sem sabermos bem como, uma pedra escondida possívelmente, furou-nos o pneu e danificou-nos bastante a jante. Estando a meio do troço só nos restava parar e mudar a roda, pois a opção de seguir até ao fim não era válida, uma vez que nos iria danificar bastante o carro, pelo que assim sendo, foi o que fizemos. No primeiro local onde podemos encostar em segurança, parámos e trocámos a jante, mas num rali como este, com apenas 4 troços e onde as diferenças eram minimas, sabiamos de antemão que estes cerca de 5 minutos perdidos nos tinham estragado definitivamente o rali, pelo que, na ligação até ao parque fechado e depois de discutirmos as opções, decidimos que o melhor era pararmos na assistência e poupar o carro para as restantes provas, pois, mesmo por muito que andássemos nos restantes 2 troços que faltavam, não iriamos conseguir pontuar, para além de estarmos a sacrificar o carro e a arriscar por algo que já não valia a pena. Enfim, paciência, existem dias assim...

Apesar do azar que tivemos, ficámos satisfeito com o andamento que demonstrámos, provando uma vez mais que temos carro e andamento para estarmos á frente. Foi um bom teste apesar de tudo.

Agora há que mudar as especificações do carro para terra, fazer um pequeno teste de adaptação e encararmos o rali de Oliveira de Hospital com a máxima determinação, pois para além do Open, esta prova conta também para o Regional Centro e em função do resultado alcançado decidiremos o rumo que iremos seguir no que falta do campeonato; - Ou fazemos mais 2 provas do Open em terra, ou então, se tivermos hipóteses de lutar pelo campeonato, iremos disputar as restantes provas do Regional Centro, o rali do Centro de Portugal e o rali de Mortágua.

Vamos ver...

Um abraço.

A.Neves

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