quinta-feira, 10 de junho de 2010

RALLY DE PORTUGAL - PARTE 2.

Ora vamos lá continuar...

Depois de dois dias de reconhecimentos bastante duros, uma vez que a organização estipula um tempo máximo de duas horas para cada troço, incluindo as duas passagens de reconhecimento e respectivas ligações, lá saímos em direcção ao estádio na expectativa que tudo estivesse de acordo com o previsto. Alguns telefonemas depois e percebemos que a nossa assistência já vinha também a caminho, e que depois de uma longa maratona, estava tudo bem com o carro, visto que depois de (re)feito o motor e reprogramada a centralina como previsto, agora tudo parecia ok e preparado para esta longa maratona que seria o Rally de Portugal.

GPS montado, os restantes pormenores finalizados, e lá nos dirigimos para as verificações técnicas á nossa hora prevista. Eram 18h e 26m, mais precisamente, quando entrámos para verificar o Mitsubishi, já prevendo que ali iríamos ficar um bom par de horas, pois nestas coisas de Ralis do Mundial, há que ir com um camião cheio de paciência, tal a minusiocidade e o excesso de zelo com que os comissários técnicos levam a cabo o seu trabalho.

Eram já perto das 23h (sim, isso mesmo), quando saímos de lá com o selo de OK colado ao roll-bar. Depois destas verificações, o Mitsubishi parecia que tinha feito uma visita ao "Miami Ink", tal a colecção de "piercings" que lhe tinham colocado. Tudo foi selado; diferenciais, caixa, bloco, e tal como habitualmente, o turbo. Apesar de tudo, menos mal. Mais uma etapa superada. Agora podiamos ir descansar um pouco mais tranquilos, uma vez que no próximo dia apenas havia que andar um pouco com o carro, afinar as suspensões em função dos pneus que nos obrigam a usar, pois pesam cerca de 2,5kg a mais cada um, e fazer apenas alguns acertos de pormenor antes da super especial no estádio, que iria começar por volta das 19,30h.

5ª feira, 27 de Maio, o dia D finalmente! Já estamos no Algarve há quase uma semana, e depois de algumas aventuras e desventuras, vai por fim começar aquilo para que nos andamos a preparar há já algum tempo. Durante a manhã aproveitamos para rodar o carro mais um pouco e também para o Rui (Porêlo) nos afinar as suspensões num pequeno troço de terra junto a Loulé. Por fim, estava tudo ok, ou quase, uma vez que a bomba dos diferenciais não estava a 100% como se constatou depois do técnico ter ligado a centralina dos diferenciais ao computador.
De qualquer das formas isto era algo que em termos de fiabilidade em nada afectaria a mecânica, apenas fazendo com que andassemos um pouco mais atravessados, por isso, nada de preocupações, além do mais, esta é uma prova em que não se anda em "maximun attack", e muitas vezes nem em "minimun" :-). Assim sendo, tudo a postos.

Na super especial do estádio, partimos com a dupla da Pirelli Star Driver, Nicholai Georgiou e Joseph Matar, ao volante de Um Evo X, e depois de uma manga bastante disputada conseguimos impor o nosso "velhinho" Evo VII, para nossa satisfação e também dos milhares de espectadores presentes, que como é normal estavam sempre a puxar e a apoiar os pilotos da "casa", ou seja, os Portugueses.

Depois de parar o carro em parque fechado e combinar tudo com a nossa equipa de assistência, havia que descansar bem esta noite, pois amanhã iria começar o rali a sério. Três dias que se avizinham duríssimos e onde haverá que ter muita paciência e cabeça fria, por forma a que se possam amealhar pontos importantes e não comprometer o resto do campeonato, por causa de uma só prova.
.
(continua...)
.
Um abraço.
.
A.Neves

1 comentário:

  1. A 2ª Parte já está, ficando a faltar APENAS 555 ;)

    Grande escriba, heyn!

    Estou a gostar bastante;

    1 Abraço e até daqui a...............10 dias? :D

    ResponderEliminar