sábado, 8 de maio de 2010

RALI SERRAS DE FAFE

2ª prova do campeonato, o rali Serras de Fafe, disputado nos míticos troços desta região e antigo ex-líbris do rali de Portugal; Fafe/Lameirinha, Luílhas, Montim, Ruivães, enfim, um verdadeiro regalo em termos de condução para nós, pilotos, e também um regalo para o muito público que se costuma deslocar a esta prova.

Para nós, em termos de objectivos, tínhamos desde logo consciência que esta prova seria uma das mais difíceis do campeonato, uma vez que é um rali que se disputa há muitos anos e onde os nossos adversários têm um grande conhecimento do terreno. Apesar de tudo, continuo a pensar que as contas fazem-se no fim e que este campeonato é longo e ainda vai apenas no começo.

Como depois da revisão ainda não tínhamos andado no carro, combinámos encontrar-nos com o Zé Cardoso, o nosso preparador, ás 10h de 6ª feira no inicio do troço do Vizo para ver se estava tudo em ordem. Depois de algumas passagens e quando tudo parecia estar em ordem, eís que surge um problema; a caixa ou a embraiagem cederam!

Meia dúzia de telefonemas depois, lá se arranjou uma oficina, uma caixa de série (obrigado Ricardo Costa) e uma embraiagem (obrigado Ricardo Moura). Toca a montar tudo e apreciar o grande trabalho e profissionalismo da nossa equipa de assistência; o Zé, o Rosalino e o Gonçalo, deram um autêntico recital de mecânica, digno de ser visto, e apesar deste contratempo, ás 16h lá estávamos nós como previsto no início das verificações técnicas. Menos mal, depois de tudo.

Á noite lá fomos para a SS e logo aí apercebemo-nos que iriamos ter um rali dificil. Com esta caixa o nosso carro não parecia o mesmo e haveria mesmo que explorar o motor de outra forma. Para além disso, se o tempo se mantivesse tão quente no dia seguinte, teriamos também seguramente problemas com os pneus, uma vez que apostei em pneus macios, na expectativa que o rali estivesse húmido, e assim sendo, com temperaturas muito altas como se veio aliás a confirmar, os pneus aqueciam em demasia e depois dos primeiros quilómetros parecia que estávamos a conduzir um barco.

No Sábado, esta bem estruturada prova montada pelo Demo Clube do Porto, revelou-se um rali duro e complicado para nós; a caixa obrigava-nos a ter alguns cuidados, pois havia curvas que não sabia bem qual a mudança indicada para aproveitar o carro da melhor forma, o motor também se revelava estranhamente dócil e não estava seguramente no melhor apuro de forma e para além disso, os pneus obrigavam-nos a ter alguns cuidados, como aliás já expliquei atrás.

Apesar de tudo, lá fomos fazendo a nossa prova tentando minimizar um pouco estes contratempos. No final e já com a classificação mais ou menos definida, aproveitámos mesmo para nos divertirmos á grande, levando o Evo em grandes atravessadelas e contribuindo também um pouco para brindar com algum espectáculo o muito público presente.

No final do rali, vamos a contas; 11ºs da geral e 6ºs do grupo N. Foi o melhor que se conseguiu, e depois do começo que tivemos, poderia muito bem ter sido pior. Apesar de tudo mantivemos e consolidámos mesmo a 2ª posição no campeonato de grupo N, agora com 8 pontos de vantagem para o 3º classificado.

Agora há que revisionar a "máquina", solucionar todos os problemas que notámos nesta prova e voltar ainda com mais vontade, pois mais uma vez volto a dizer que "isto" é longo e só acaba no fim. Ainda para mais, agora vem aí o Rally de Portugal, uma prova especial e da qual guardamos as melhores recordações nas 2 vezes que a disputámos, conseguindo o 2º lugar, em 2006 e a vitória em 2007, no competitivo Challenge Citroên C2.

Até lá.

Um abraço.

A.Neves

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